Sunday, October 09, 2005

Padres e Freiras: duas espécies muito estranhas

Confesso que nunca fui muita à "missa" com padres e freiras. Há algo nestas criaturas que me deixa sempre de "pé atrás", não me inspiram total confiança. Recordo duas figuras ligadas à Igreja que provam e bem as palavras que atrás redigi. Uma foi o padre Torcato, um tipo que chegou a fazer parte do meu bando, sim, é verdade, andava connosco nas andanças de "roubar aos ricos para dar aos pobres". Era ele que muitas vezes nos arranjava os "contactos" ideais, melhor dizendo, era ele que arranjava maneira de saber querem eram os ricaços das terreolas, querem eram os avarentos, para depois pela calada da noite ir lá connosco tratar-lhes da saúde. Infelizmente, quando as coisas começaram a apertar, quando a guarda (polícia) começou a apertar o cerco ao Bando do Zé do Telhado ele acabou por colaborar com eles, entregando de mão beijada à guarda mais de metade do meu bando. Sacana. Outra figura de que guardo memória é o padre Albino, da freguesia de Unhão (Felgueiras) um avarento de primeira, além de grande ladrão que era. O padre Albino vivia com a sua sobrinha, Narcisa, uma viúva de 40 anos, diziam as más línguas que ambos eram amantes. Bom, o padre Albino era rico como um porco, tinha muito dinheiro enterrado no seu quintal, dizia-se até que o dinheiro era tanto que ele nem se dava ao trabalho de o contar, mas sim pesavo-o em tabernas e vendas (lojas). Era uma vergonha para a Igreja, nunca dava esmolas aos pobres, dava sim esmolas à sobrinha/amante Narcisa, que andava sempre com vários cordões de ouro ao pescoço. Bem, não me vou alargar mais sobre esta história, já que no dia 19 de Março de 1859 o padre Albino teve o que mereceu, o Zé do Telhado tratou-lhe da saúde, ehehehehe.
Aliviou-o, por assim dizer, sacou-lhe todos os pintos (moedas da altura) que encontrou enterrados pelo quintal e distribuiu-os por quem mais necessitava, os pobres, deixando o padre Albino e a Narcisa de mãos a abanar. Bom, mas avançando uns largos anos no tempo encontrei há dias outra história bem engraçada sobre estas figuras ligadas à Igreja. Ao que parece existem na Igreja do Bom Pastor (Ermesinde) umas freiras anti Francisco Sá Carneiro, figura esta que para os mais esquecidos já foi desta para melhor. Mas esta história passou-se no tempo em que o dito senhor ainda estava vivo, e bem vivo, para bem de uns e para azar de outros. Parece que as freirinhas do Bom Pastor não gostavam muito do homem, na verdade parece que o odiavam, vá-se lá saber porquê. O ódio era de tal maneira grande que todos os dias de manhã antes da habitual reza ao Senhor, os alunos daquele colégio (penso que se chama colégio do Bom Pastor) faziam um outro tipo de reza. Ou seja, todos virados para a fotografia do Sá Carneiro, um pouco alterada do original, visto que as santas freirinhas faziam questão de realçar o seu ódio ao homem desenhando-lhe um par de cornos na dita fotografia, para desta forma se parecer mais com o diabo, digo eu. Bom, dizia eu, todos os dias antes da reza ao Senhor, os alunos viravam-se para a fotografia do chifrudo Sá Carneiro e começavam a descarregar uma série de insultos em direcção do retrato, do tipo: seu filho da puta, seu demónio, desaparece, morre satanás, e outros "brindes" do género. Depois desta pequena "oração" a Sá Carneiro entravam então na oração ao Senhor. Porque será que o homem era alvo de tanto ódio por parte das santinhas? Bizarro no mínimo...mas uma história do caralho, eheheheehehehe. Bem, tá na hora de picar a mula. Adeus companheiros e companheiras e nunca se esqueçam, nunca confiem num padre ou numa freira.

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