Força..."ZINDE"

Num dia marcado pelo rescaldo do Benfica-Porto de ontem, deixo aqui uma palavra de felicitações aos jogadores do meu clube pela grande vitória alcançada no dia de ontem no nosso estádio. É que apesar de pequeninos, e de não termos a dimensão de um FC Porto, ou de um Benfica, também somos grandes à nossa medida. Também merecemos atenção e destaque. E quando hoje a puta da conversa nos autocarros, nos cafés, e até no trabalho gira somente em torno do golo do Laurent Robert, ou melhor, do monumental frango do Baía, eu faço aqui um destaque para dizer que também ontem o meu ERMESINDE SPORT CLUBE deu três secos ao Canedo, em jogo a contar para o Campeonato Nacional da 3ª Divisão.
Como sempre acontece, lá estive eu a presenciar e a vibrar com mais uma grande vitória do meu "ZINDE" (na foto). Parabéns rapazes, vocês são tão grandes ou maiores do que os marrecos do SLB ou do FCP. ALÉ, ZINDE ALÉ...

Nota: Esta foto foi roubada à melhor claque do mundo: os ULTRAS ERMESINDE

Será que estou rico e não dei por isso?

Ao passar as pestanas pelo jornal "Público" de hoje dei de caras com uma notícia que me deixou com a "pulga atrás da orelha". Notícia essa que se referia ao leilão de uma moeda do ano de 1925, cujo valor era de 50 centavos. Segunda a notícia a tal moedinha era raríssima, de tal modo que o preço mínimo estipulado pela Associação Numismática de Portugal para qualquer colecionador que queira comprar esta verdadeira preciosidade é de...24 mil euritos.
"É obra uma simples moedita de mil novecentos e carqueja valer tanta pasta", pensei cá para os meus botões. Mas a este meu pensamento atracou-se de imediato um outro pensamento, e que me fez recordar que eu possuo algures na minha barraca uma moeda bem mais antiga do que esta, mais concretamente uma moeda de 50 Reis (era assim que se chamava o guito na altura) datada de 1891. É verdade. "Será que aquela merda vale alguma coisa", pensei de imediato. "Queres ver que estou rico e nem dei por isso?". Uma moeda que me veio parar às manapulas por um simples acaso, uma vez que a achei há cerca de 10, ou 15 anos atrás na garagem dos meus avós. Como sempre gostei de coleccionar coisas antigas, peguei nela e metia-a ao bolso, sem dizer nada aos meus avós, ehehehehehe. Na volta o meu avô, sabedor de que a moeda valia uma fortuna, escondeu-a na garagem para ninguém a gamar. Bom, estou a delirar...ehehehehe. Mas de qualquer forma, pelo sim pelo não, vou um dia destes à Associação Numismática de Portugal ver se aquilo vale algum chavo. Aliás, deixo aqui um aviso para quem for colecionador de moedas antigas, ou souber de alguém que o seja, que o Zé do Telhado tem à venda uma moeda de 50 Reis, datada de 1891. Por isso já sabem, o preço mínimo que eu faço é de 25 mil euros, mas quem quiser oferecer mais esteja à vontade, pois eu estou aberto a propostas...ehehehehe.

Eu vou ver a brigada dos reumáticos...ups, perdão...os ROLLING STONES

Há quem me chame maluco, outros até, fanático pelo fenómeno musical, mas eu cá prefiro autodenominar-me apenas... um apaixonado pela música. Um apaixonado que é capaz de fazer os possíveis e os impossíveis para poder usufruir de um bom momento musical. Ah pois é. Como por exemplo, passar quase uma noite completa à porta de uma estação de correios da "Cidade Invicta" para garantir um "rectângulozinho mágico" para no próximo dia 12 de Agosto poder assistir ao gig da brigada dos reumáticos...perdão, dos ROLLING STONES. Pois foi o que eu fiz. Das 2 às 9 da manhã do passado sábado plantei-me na porta dos correios da Avenida dos Aliados para assim salvaguardar o meu bilhetinho para ver os Stones no Estádio do Dragão em Agosto próximo. Confesso que não me custou muito passar ali a noite. Em primeiro lugar porque o pessoal que estava comigo era muito boa onda, desde bebêdos (como o Fredo, um velhote todo fodido dos cornos e louco por Stones, e que cantou seguramente grande parte da discografia da banda de Jagger durante toda a noite. Era ve-lo a beber um gole de vinho, e a cantar um verso da "Satisfaction", um gole de vinho, e um verso da "Start Me Up") até gajos e gajas oriundos de bairros problemáticos do Porto, tendo por isso passado uma noite divertida na companhia de alguns dos marginais da Invicta. Em segundo lugar, não me custou nadinha passar ali a noite pois já estou habituado a estas andanças, já que está a fazer um ano que passei duas noites, é verdade, duas noites a dormir na estação da BP de S. Roque da Lameira para garantir bilhetes para o mega concerto dos "meus" U2 (e valeu a pena pois já estou cansado de "gritar" que o concerto dos grandes U2 em Alvalade foi LINDO e GENIAL). Por isso...noites passadas em claro e ao relento...nada que me amedronte...ehehehehe. Agora é só esperar pela actuação dos velhotes Jagger, Richards, Woods, e Watts na toca do Dragão. Pois é, "it's only rock n' roll but i like it..."...ehehehehe.

"And the winner is...KAISER CHIEFS"

É verdade, esta frase foi ouvida por três vezes durante a cerimónia dos prestigiados Brit Awards 2006, que decorreu anteontem no Earls Court (já lá estive em 2001 a presenciar um grande, grande concerto dos U2) de Londres. Inicialmente nomeados para cinco categorias ( Melhor Grupo Britânico; Melhor Albúm Britânico; Melhor Actuação; Melhor Actuação Britânica; e Melhor Actuação Rock Britânica), os Chiefs conquistaram três delas, nomeadamente a de "Melhor Actuação Rock Britânica", "Melhor Grupo Britânico", e o de "Melhor Actuação". Os Kaiser Cheifs confirmaram por isso todo o favoritismo que lhes era dado à partida para esta edição de 2006 dos Brit Awards, tornando-se assim nos grandes vencedores desta edição dos prestigiados e importantes prémios da música pop do Reino Unido. Uma palavrinha também para os Coldplay, que apesar de terem vencido dois prémios, aunciaram oficialmente uma triste novidade para todos aqueles que os idolatram. É que segundo o vocalista da banda, Cris Martin, os Coldplay deixaram de encantar, ou seja, o público parece que está farto dos Coldplay, e os Coldplay parecem também estar fartos de si próprios. Bem, as coisas estão mesmo más para estes rapazes londrinos que há bem pouco tempo eram já aplidados como os sucessores naturais dos U2 no posto de "melhor banda do mundo". Pois é, mas esquecem-se que U2 há só uns e mais nenhuns. Coitados dos Coldplay, e não me admiro nada de que este tenha sido uma espécie de anúncio "não oficial" da banda a dizer que "o sonho chegou ao fim", visto que Cris Martin referiu ainda que o público vai estar uns largos anos sem por a vista em cima dos Coldplay. Paciência, nem toda a gente pode ser como os GRANDES U2. Mas mesmo os grandes nem sempre podem ganhar tudo, e foi isso o que aconteceu com os próprios U2, que estavam nomeados para duas categorias (Melhor Banda Internacional; e Melhor Albúm Internacional) nestes Brit Awards 2006.
Pois bem, perderam nas duas, mas o que é que isso importa quando na semana passada meteram ao saco CINCO Grammys? Ainda nestes Brit Awards é de destacar os dois prémios vencidos por James Blunt (que cantor tão fatela, como é que este gajo pode ter ganho alguma coisa), e ainda o facto de Madonna, de Paul Weller, dos Green Day, de Lemar, de Jack Jonhson, dos Kanye West, e dos Arctic Monkeys, cada um deles ter ganho um prémio.
Uma palavra também para os derrotados, e dizer-lhes que para o ano há mais, e falo de Robbie Williams (ehehe, bem feito), Kate Bush (vai mas é prá reforma), Franz Ferdinand, Gorillaz, Craig David, Beck, ou Oasis (já deram o que tinham a dar). Em suma, foi uma noite memorável para os Kaiser Chiefs, uma banda que, como já disse num texto atrás deste blogue, tem apenas um ano de vida, apenas um albúm editado, mas já uma legião enorme de fãs por todo o mundo (onde eu me incluou). Chiefs que para além de subirem ao palanque por três vezes para receberem os prémios conquistados, subiram ainda mais uma vez para interpretar ao vivo o tema "I Predict a Riot", o que levou o Earls Court à loucura. Parabéns Chiefs, vocês merecem, pois são uma ganda banda.

Frase do dia...

Esta bem mesmo a calhar, vem no seguimento do texto que escrevi há uns dias atrás sobre o artigo da Doutora Love publicado numa revista "cor-de-rosa".

"Para não ganhar verdete, faça em cada dia um minete."

Ora aqui está mais um interessante soneto de Manuel Maria du Bocage, para dar ânimo ao início de mais uma semana de muito, mas muito, trabalho. Odeio as 2ª feiras, põe-me sempre mal disposto como tudo. Por isso, nada melhor do que ler (e rir com) uns sonetozinhos do grande poeta Bocage.

SONETO DO PRAZER MAIOR

Amar dentro do peito uma donzela;
Jurar-lhe pelos céus a fé mais pura;
Falar-lhe, conseguindo alta ventura,
Depois da meia-noite na janela:

Fazê-la vir abaixo, e com cautela
Sentir abrir a porta, que murmura;
Entrar pé ante pé, e com ternura
Apertá-la nos braços casta e bela:

Beijar-lhe os vergonhosos, lindos olhos,
E a boca, com prazer o mais jucundo,
Apalpar-lhe de leve os dois pimpolhos:

Vê-la rendida enfim a Amor fecundo;
Ditoso levantar-lhe os brancos folhos;
É este o maior gosto que há no mundo.

"Os Homens e os Minetes" , da autoria da Doutora Love

Há uns dias atrás recebi por e-mail esta crónica publicada por alturas de Natal numa das muitas revistas "cor-de-rosa" merdosas (na minha humilde opinião, pois não quero ferir os sentimentos das fieis leitoras da revista "Maria" e afins) que são publicadas no nosso país. Crónica esta cuja leitura me divertiu bastante, e que fala da "azelhice" de nós, os machos, na execução da arte de fazer minetes. Bom, mas adiante, vou em seguida transcrever na integra o artigo publicado por esta cronista de, seu nome Ana Anes, na Revista Vidas (penso eu).
Aqui vai:

"Os Homens e os Minetes"

«Escrevo esta crónica em plena quadra natalícia, numa altura em que os homens, coitados, na sua pequenez de vista, acham que nós queremos receber jóias, um casaquito de Javali, um fim-de-semana numa linda pousada, um micoondas para enfiarmos a cabeça lá dentro, etc., etc. Nem estão enganados, os pobre. Mas o que nós queríamos mesmo era homens que soubessem fazer um minete "comme il faut". Eu explico. Estas almas penadas vieram ao mundo com um gene que lhes meteu na cabeça que fazer um bom minete é dado adquirido. pois aqui vai uma notícia: não é! E o mais giro é que perguntando aos desgraçados dos meus amigos "ex", e afins ( o leque é grande e a probabilidade de acertar é quase igual à da Eurosondgem), todos acham que fazem "o" minete. Extraordinário! mas alguém se lembrou de perguntar às respectivas? Não. E todos continuam convencidos de que são os maiores nesta lide particular. Burros! Ora, da mesma forma que nós - grandes falsas- esperneamos, dizemos ahhh, sim !, hummmm, e nos mexemos à "Canal 18" para fingir um orgasmo durante o acto, o mesmo fazemos quando nos estão a meter a cara entre as pernas. Arrisco a dizer que 80 % dos homens fazem minetes como os São Bernardo lambem as vitimas perdidas na neve. Lambme, lambem, sem saber porquê e onde. E nós fazemos o nosso papel, para os pobre coitados não ficarem cheios de complexo. Depois, há cerca de 10% que tem jeito para a coisa: um potencial elevado para um "minete-colibri". E finalmente, vêm os abençoados, que já foram como os anteriores mas entretanto leram os livros da especialidade e fazem uns minetes de oiro. São os "meninos de oiro" - coisa rara nos dias correm...»

Cara "Doutora Love", antes do mais obrigado por me fazer descobrir que sou um dos "Abençoados" (ehehehehehehe, ah pois é), depois quero critica-la pelo facto de ter enaltecido a forma mentirosa que as mulheres enganam os seus parceiros ao fingirem orgasmos. Ao invés de fazer chacota, e de promover, por assim dizer, o fingimento, porque é que não incentiva as suas leitoras a promover um melhor diálogo com os seus respectivos de forma a que tudo "corra bem", sem mentiras entre o casal. Não era mais ético da sua parte? Não acha que seria mais correcto da sua parte dar dicas às suas leitores sobre como: «Ensinar o meu marido a fazer um minete do caralho». Eu digo isto porque acho que ninguém nasce ensinado, seja em matéria de sexo, ou de outra coisa qualquer. As pessoas aprendem. Já viu o que era as professoras na escola "fingirem" que os alunos eram os maiores do mundo quando na verdade eles não passavam de uns burros do caralho que não percebiam patavina daquilo o que estavam a aprender na escola? Bom, apesar de não ter concordado com o caminho escolhido pela "Doutora Love" para a elaboração desta crónica não posso esconder que diverti-me à brava com ela. Ehehehehehe...

(Bom, acho que vou mandar este comentário à "Doutora Love"...ehehehehehe)

Palavras para quê? Simplesmente a maior e melhor banda do mundo

Cinco Grammys, ouviram bem? CINCO GRAMMYS, foi este o número de prémios que os U2 arrecadaram ontem em Los Angeles, na cerimónia deste ano dos conceituados Grammy Awards. Pode-se mesmo dizer que a banda irlandesa acertou no "Euromilhões", pois venceram todos os prémios para as categorias em que estavam nomeados, nomeadamente "Álbum do Ano" (com How to Dismantle An Atomic Bomb); "Melhor Álbum Rock" (também do mesmo HTDAAB); "Canção do Ano" (Somethimes You Can't Make It on Your Own); "Melhor Performance Rock" (com a mesma canção da última categoria); e "Melhor Canção Rock" (City Of Blinding Lights). Palavras para quê? A "puta" da melhor banda do planeta...e arredores . Ehehehe.

"Sexo" esteve na ordem do dia na mente dos portugueses em 2005

Segundo dados recolhidos por uma conhecida empresa de sondagens cá do burgo, os portugueses , em 2005, não pensaram noutra coisa senão em...sexo. A provar isto está o facto de no ano que há pouco findou a expressão mais procurada na Internet ter sido precisamente a palavra SEXO. Cerca de 199 mil portugueses (valor este que equivale a 12,2% dos internautas nacionais) , quando navegavam nas ondas virtuais da net, andavam à procura de SEXO.
Pura coincidência, poderão dizer alguns, ao passo que outros poderão dizer que este estudo nada quer dizer. Pois bem, mas se a isto juntar-mos o facto de as sétima e oitavas expressões/palavras mais procuradas na net no ano passado terem sido "MULHERES" e "NUAS" , aí o caso já muda de figura, ou não? Aí, já dá para perceber que os portugueses são uns tarados do caneco...eheheheeh.

Tributo a Bocage

Foi, sem dúvida alguma, um dos génios da poesia portuguesa, embora haja muito boa gente que não partilhe desta minha modesta opinião. Talvez porque classifiquem este grande poeta lusitano como um homem mundano e ordinário, autor de alguns dos mais "picantes" poemas da literatura portuguesa, intérprete de uma escrita imprópria para as mentes mais sensíveis". Bom, mas isso é lá com eles, gostos não se discutem. Pois bem, eu sou um confesso admirador deste ilustre setubalense e apesar de não ser um grande afixionado televisivo é com muita satisfação que assisto todas as 6ª feiras à noite à série que a RTP recentemente colocou no seu horário nobre e que relata a vida deste poeta, uma espécie de tributo, por assim dizer. É óbvio que a maior parte da "história" da série é pura ficção, baseada em boatos (que tanto podem ser verdade como mentiras, ninguém sabe), ou mesmo em anedotas de que Bocage é alvo, mas que aquilo tem uma certa piada, lá isso tem. E as personagens parecem que são todas escolhidas a dedo, e aqui destaco a personagem do padre Agostinho, ou também conhecido por padre "lagosta", personagem esta interpretada pelo chanfrado Manuel João Viera. Um padre que convive com Bocage no meio da miséria, da merda, nas tascas de Lisboa, ou nas casas de putas desta cidade. Bom, de qualquer maneira parabéns à RTP por se ter lembrado de exibir uma série deste calibre, e ao mesmo tempo homenagear um dos grandes vultos da poesia lusitana. Em seguida passo a transcrever um dos muitos sonetos do Manuel Maria que fazem parte do seu livro de sonetos eróticos (livro este que há pouco retirei novamente da prateleira para voltar a passar as pestanas). Aqui vai:

SONETO DE TODAS AS PUTAS

Não lamentes, oh Nise, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putíssimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas têm reinado:

Dido foi puta, e puta d'um soldado;
Cleópatra por puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,
O teu cono não passa por honrado:

Essa da Rússia imperatriz famosa,
Que inda há pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras expirou vaidosa:

Todas no mundo dão a sua greta:
Não fiques pois, oh Nise, duvidosa
Que isso de virgo e honra é tudo peta.

(Palavras para quê? É um artista português...)

"Enjoyment"... com os Kaiser Chiefs

Oriundos do norte de Inglaterra, mais precisamente de Leeds, os Kaiser Chiefs foram uma das grandes revelações musicais do ano de 2005. O seu álbum de estreia, "Employment", foi bastante aclamado pelos sempre exigentes críticos musicais do planeta, de tal forma que as nomeações para inúmeros festivais/concursos de atribuições de galardões da indústria musical planetária têm sido mais do que muitas. Neste campo específico destacam-se as nomeações para os últimos MTV European Music Awards; para os conceituados Brit Awards (cerimónia a ser realizada dentro de poucos dias); para os não menos importantes New Musical Express Awards (uma espécie de jornal Blitz lá das terras de Sua Majestade), onde os Kaiser Chiefs ridicularizaram, por assim dizer, umas das mais populares bandas de Inglaterra da actualidade, nomeadamente os Coldplay, ao "roubarem" à banda de Cris Martin todos os galardões em disputa; ou ainda os também recentemente realizados Meteor Awards da Irlanda, onde os Chiefs, a par dos U2, foram os grandes vencedores. Pois bem, depois de um ano de 2005 fantástico, os Chiefs lançaram recentemente "Enjoyment" , um DVD que promete à semelhança do álbum "Employment" arrecadar inúmeros elogios vindos dos quatro cantos do mundo. Para quem pensa que este é mais um DVD de uma banda que ainda "usa fraldas" e que já quer entrar prematuramente para a história da música mundial através da gravação de um registo deste género, está enganado. Numa altura em que os DVD's passaram a ser um "objecto" banal, de acesso livre a qualquer bandazeca que edita um concerto neste formato digital, os Kaiser Chiefs resolveram fazer um filme, o seu próprio filme. "Enjoyment" é antes do mais um bom exemplo do satírico e refinado humor britânico retratado no seu expoente máximo por um grupo de cinco "putos" (os elementos dos Chiefs). No filme os cinco Chiefs retratam a sociedade inglesa de uma forma humorística. A vertente cómica é uma constante ao longo dos 90 minutos do filme narrado de uma forma não menos cómica por intermédio do actor Bill Nighy. Pelo meio do filme podemos ver pedaços de concertos (bem como dos bastidores dos mesmos) dos Chiefs em vários locais de Inglaterra, bem como "retratos" da ainda curta carreira da banda. Mas os Chiefs não se limitam a gozar com a sociedade britânica, pois durante o filme os membros da banda são alvo de uma elipse narrativa que recria (de uma forma igualmente cómica) a infância de cada um deles, assim como tenta projecta-los para o ano de 2030. Como bónus este DVD traz ainda os vídeos de canções que são já verdadeiros hinos do estilo punk art/rock (o género musical adoptado pelos Chiefs), onde são de realçar temas como: "Na, na, na, na, na"; "I Predict a Riot"; "Everyday I Love You Less And Less"; ou "Oh My God". Mas este DVD não se fica por aqui, já que traz ainda dois concertos que a banda realizou em Leeds, e no Fillmore da cidade norte-americana de S. Francisco, assim como excertos do Festival de Glastonbury 2005, onde os Chiefs foram uma das bandas cabeça-de-cartaz. Em suma, este é um DVD para todos os fãs da banda (onde eu me incluo), e não só, se deliciarem, desfrutando de mais de 250 minutos do bom humor e da boa música protagonizada por Ricky Wilson (vocalista), Andrew White (guitarra), Simon Rix (guitarra-baixo), Nick Baines (teclas), e Nick Hodgson (bateria).

Uma verdadeira relíquia musical...



Chegou-me esta semana às mãos uma verdadeira relíquia musical (pelo menos para mim) referente à maior banda do planeta, à "minha banda de eleição", os grandes e magníficos U2. Pois é, trata-se de um registo audio de uma actuação da banda de Bono e companhia na cidade norte-americana de Boston, concerto este integrado na digressão "War" (na foto) que estes senhores irlandeses levaram a cabo no ano de 1983, e que também passou por Portugal, mais concretamente pelo Festival de Vilar de Mouros (quem me dera ter estado nesse momento histórico). Este registo ao vivo em Boston dá pelo nome de "Never End", e mesmo sendo uma gravação "pirata" apresenta uma qualidade sonora muito boa, e nela podemos "deliciar-nos" com a execução por parte dos U2 de músicas que ficaram esquecidas no baú nas digressões mais recentes. Músicas integradas nos três primeiros grandes álbuns da banda (Boy, October, e War), como por exemplo,"Two Hearts Beat as One"(do álbum War); "Another Time ,Another Place (do estreante Boy); "I Fall Down" (do October); "Rejoice" (igualmente do álbum October); "Stories For Boys" (do Boy); e muitas, muitas outras "malhas" fantásticas dos três primeiros registos sonoros dos U2. Curioso, é que os mais atentos, vulgo os veradeiros fãs do U2, podem constatar o quanto a banda evoluiu ao longo do anos, pois "Never End" dá-nos uns U2 ainda muito rudimentares, com um rock-punk muito simples, mas ao mesmo tempo muito cativante, no fundo "Never End" mostra-nos os principios "ao vivo" dos U2. Em suma, um disco para os velhinhos fãs da banda devorarem vezes sem conta (tal como eu já o fiz). Ah, já agora um muito obrigado à pessoa que trouxe este registo audio de Londres , visto quem Portugal este tipo de material é muito raro encontrar.